14 September, 2020

Champô seco

Tenho tentado reduzir  o número de lavagens do cabelo, não só por questões ecológicas, mas também pela saúde do mesmo, uma vez que o champô remove a camada protectora do cabelo. Notei uma diminuição da oleosidade quando comecei a reduzir o número de lavagens, mas, infelizmente, o meu cabelo é muito fino, o que acentua ainda mais a oleosidade quando começa a aparecer.

Lavar o cabelo torna, também, o banho mais demorado e, consequentemente, gastamos mais água, aumentando a  nossa pegada ecológica. E, vamos lá admitir, lavar o cabelo é uma verdadeira seca! (atenção que valorizo muito a higiene, sim? Eheh).

Então descobri uma receita maravilhosa, onde apenas se usa de um a 3 ingredientes e é super fácil de usar. Para além disso, os ingredientes podem ser comprados a granel. Querem melhor?



Ingredientes:

- 2 c. sopa de farinha de araruta (ou amido de milho)

- 1 c. sopa de cacau em pó

- 10 gotas de óleo essencial à escolha (opcional)

Junte os ingredientes num frasco e misture bem. A quantidade de cacau é ajustável, ou seja, quanto mais escuro o cabelo, mais cacau precisa. Para cabelos loiros o cacau é desnecessário, para cabelos avermelhados juntar canela e cacau é uma óptima opção e para cabelos pretos carvão activado em pó é o ideal. O óleo essencial é opcional e da vossa preferência (usei peppermint).

Modo de usar: aplicar com a ajuda de um pincel nas raízes do cabelo. Aguardar algum tempo para absorver a oleosidade (por exemplo, enquanto lavam os dentes), massajar e pentear o cabelo normalmente.

16 July, 2020

A arte de bem lavar... a louça!

Existe o mito de que lavar a louça à mão é a opção mais ecológica, quando comparada com a máquina de lavar. Não é de todo verdade, se formos analisar a quantidade de água gasta, que é inferior na máquina, (mas atenção, a máquina convém estar completa, senão não compensa!) e os gastos de energia (os esquentadores gastam bem mais!). É também importante ter em conta a pré-lavagem. Será mesmo necessária? Se a louça for correctamente colocada na máquina, ela faz o trabalho necessário para remover qualquer sujidade, sendo apenas importante retirar os restos de comida, pois esses sim entopem o filtro. Para isso, basta raspar com um talher.

Numa lavagem mais ecológica, temos também de olhar para o detergente usado. Sabemos que os detergentes fabricados pelas marcas mais conhecidas estão carregados de químicos (amónia, fragrâncias, formaldeído, etc), que são tóxicos não apenas para nós, como também para a vida marinha, uma vez que não se consegue eliminar grande parte dos tóxicos no tratamento das águas. Para além disso, os detergentes vêm em embalagens de plástico que, após uma única utilização, são deitados fora, na melhor das hipóteses reciclados, mas sabemos que reciclagem não é sempre a melhor opção, uma vez que grande parte dos plásticos não se conseguem reciclar e são gastos muitos recursos na reciclagem dos restantes.

Existem várias opções mais sustentáveis, como fazermos o nosso próprio detergente a partir de produtos naturais, e aqui falamos de apenas dois ingredientes (ácido cítrico e carbonato de sódio) ou comprarmos detergentes ecológicos, os quais podem até ser encontrados a vender a granel. Eu opto pela segunda opção, embora ainda hei-de experimentar fazer o meu detergente.



Uso os detergentes da marca EcoX. A EcoX tem uma excelente política de sustentabilidade, usando óleo alimentar reciclado na produção dos seus detergentes, e permite a reutilização over and over again das suas embalagens, assim como compra a granel em várias lojas. Eu compro a granel, levando a minha própria embalagem, também ela reutilizada,

No lugar do abrilhantador, uso vinagre de cidra. A meu ver, muito mais eficaz e que também pode ser produzido em casa, reaproveitando cascas e caroços de maçãs.

07 July, 2020

Saponificação... o que é?

Quando falamos num estilo de vida saudável, o nosso primeiro pensamento leva-nos ao tipo de alimentação que seguimos, aos produtos que ingerimos e que procuramos que sejam o mais naturais possível. Mas nós não somos apenas aquilo que comemos, somos também aquilo que aplicamos na nossa pele, somos os produtos de higiene que usamos. Um produto que usamos diariamente, deveria ser escolhido com bastante rigor. Quando vamos a um supermercado, não perdemos tempo a olhar para a tabela de ingredientes de um artigo de higiene, até porque nem percebemos a maioria dos que constam nessa lista. Vamos falar mais concretamente nos sabonetes...

Um sabonete convencional é fabricado tendo como objectivo baixo custo, conservação e durabilidade. Para que tal aconteça, o sabonete é constituído por gordura animal, à qual são acrescentados conservantes (parabenos, dos quais já falei aqui), corantes e fragrâncias artificiais. Em vez de hidratar, terá precisamente o efeito contrário, devido à ausência de glicerina, aumentado a probabilidade de surgirem problemas dermatológicos.

Ainda nos supermercados, podemos encontrar os sabonetes com base de glicerina. Estes sabonetes são uma boa opção, devido ao seu poder hidratante. No entanto, os sabonetes glicerinados de supermercado contêm um grande número de fragrâncias, conservantes e corantes sintéticos. Muitos contém também óleo de palma (impacto ambiental). Caso quiserem fazer sabonete em casa, com base de glicerina, procurem o mais natural possível, sem lauril (responsável por inúmeras reacções alérgicas).

Em ambos os casos, as gorduras presentes são submetidas a altas temperaturas, alterando as suas propriedades.

Por fim, para além dos sabonetes com base de glicerina feitos de forma natural e artesanal, temos a saponificação, ou seja, reacção química entre uma gordura e soda cáustica, dando origem a sabão e glicerina. A saponificação é um processo a frio, onde a propriedade dos óleos se mantém intacta, uma vez que não são submetidos a altas temperaturas. Na sua produção, para além dos óleos essenciais (benéficos quer fisica, como psicologicamente), são adicionados gorduras vegetais (boas gorduras), corantes (carvão vegetal, beterraba, curcuma, etc) conservantes naturais (vitamina E).


As vantagens no uso de sabonete natural são muitas. Para além dos benefícios que trazem para a saúde:

♥ são muito mais ecológicos. São elaborados artesanalmente e, na maioria das vezes, vendidos a granel ou em embalagens de papel. Muitas marcas usam até papel que aproveitam de outras embalagens. Podemos escolher marcas portugueses, ajudando artesãos nacionais e diminuindo as emissões de CO2 no transporte dos sabonetes. São, também, cruelty free!

como são constituídos por produtos naturais, podem ser usados por todo o tipo de peles. No entanto, já existe uma enorme variedade de sabonetes, champôs e amaciadores, podendo ser escolhidos conforme o tipo de pele e de cabelo de cada um.

Existe uma variedade imensa de marcas no mercado (MindtheTrash, Saponina, UniiBio, Biovó, Poção Mágica, entre outros). 

02 July, 2020

Menstruação Zero Waste

Uma das primeiras mudanças na minha vida para a redução da minha pegada ecológica e beneficio da minha saúde foi a troca de pensos higiénicos/tampões, pelo copo menstrual.


Ao longo de vários anos usei no dia-a-dia tampões, pois os pensos provocavam-me feridas nas coxas (alergia e fricção) e o mau odor que tinham incomodava-me bastante. Tinha conhecimento do copo menstrual, mas fazia-me muita confusão e impressão a forma como se introduzia e como funcionava. Mas há dois anos ganhei coragem e dei o salto e, posso dizer-vos com toda a certeza, foi a melhor mudança.

Os pensos higiénicos e tampões são compostos por substâncias extremamente nocivas à nossa saúde, como rayon (fibra celulósica) e plástico. Para terem uma ideia, a composição de um único penso higiénico é equivalente a quatro sacos de plástico. Para além disto, são compostos por algodão e, para quem não sabe, a produção de algodão é uma das mais nocivas no mundo, pois usam uma grande quantidade de pesticidas, os quais são a causa de graves doenças nos trabalhadores e nos utilizadores de materiais compostos por algodão. Pesquisem mais sobre a produção do algodão e acreditem, vão ver horrores. Portanto, pensos e tampões são altamente tóxicos.

Os tampões, para além do sangue, absorvem o muco naturalmente presente na vagina, levando a alterações de pH e infecções mais frequentes, para além de poderem afectar a vida sexual da mulher.

Outra característica dos pensos higiénicos são os seus fortes perfumes, os quais são adicionados para neutralizar os maus odores, o que, a meu ver, falha redondamente. O mau odor deve-se à oxidação do sangue quando em contacto com o ar, levando à proliferação de bactérias e fungos, causadoras de mau odor. Isto não acontece com o copo menstrual, que está dentro da vagina, colocado com vácuo, bem seguro e aconchegado.

Além disso, temos a parte ecológica! Um pequeno estudo desenvolvido avaliou que uma mulher usa cerca de 9 a 15 mil absorventes ao longo do seu período fértil. Os absorventes demoram cerca de 100 anos a decompor-se. Ou seja, morreremos e todos os pensos que usamos ainda ficarão no Planeta.

Para uma menstruação zero waste e saudável, existem alguns materiais que podem usar:
- copo menstrual
- pensos higiénicos reutilizáveis
- cuecas absorventes

Eu vou falar apenas do copo, pois é o que uso, embora faça parte dos meus planos comprar penso sreutilizáveis para usar no primeiro dia da menstruação. O que vou escrever trata-se da minha experiência pessoal:

♥ Pontos positivos:

- Existe uma variedade enorme de modelos no mercado, com vários tamanhos e cores. As marcas dão indicação sobre qual o tamanho mais indicado. Quanto ao modelo, há vários vídeos no Youtube que aconselham sobre qual escolher. A cor, escolham as mais claras para ser mais fácil avaliar quando está limpo correctamente.

- Mais económico a longo prazo. Com a quantidade de pensos/tampões que usamos ao longo do nosso período fértil, gastamos de 650 a 2250 euros. Um copo menstrual dura cerca de 10 anos, quando bem estimado, correspondendo a um gasto total de até 100€ ao longo de toda a vida.

- Confortável (quando bem colocado) e discreto. Nada de maus odores!

- Num fluxo normal, pode ficar colocado até 12horas.


♥ Pontos negativos:

- Quando colocado, depois de ir ao WC urinar, pode haver perdas de sangue que ficam na parede da vagina. Resolvo esta situação colocando um pouco de papel na cueca, que tiro passado umas horas.

- Nos dois primeiros meses, foi difícil adaptar-me. Tive de cortar a patilha na totalidade, porque com ela magoava-me. Cuidado a cortar a patilha para não cortarem o fundo do copo.

- No primeiro dia de menstruação, como tenho o colo baixo, é um pouco incomodo, uma vez que o colo está mais sensível.


♥ Dicas de utilização:
- Não desistir de usar se não se adaptarem nas primeiras utilizações. Vejam muitos vídeos no Youtube sobre como colocar, retirar e fazer a manutenção.
- Quando temos necessidade de o retirar fora de casa, ter uma garrafa de água na carteira para lavar o copo, caso não haja lavatório. Nestas alturas, uso o WC para deficientes, pois tem sempre lavatório, eheh.
- Ferver antes de cada utilização, como indica nas instruções.
- Eu tenho um gel de lavagem do copo, da mesma marca, para lavar entre aplicações. Lavar com água fria.
- Não tenham nojo de utilizar! Conhecer o nosso corpo é do melhor que podemos fazer!



19 June, 2020

Aromatizador caseiro

Sabemos que as nossas emoções e sentimentos são influenciados pelos cheiros que nos rodeiam. Quem nunca sentiu aquele extremo bem-estar quando sentiu o cheirinho a terra molhada num dia de Verão, depois de chover? Pessoalmente, sempre gostei de um bom perfume, fosse pessoal ou ambientador. Mas isto foi até descobrir o quão tóxicos são os químicos que entram na composição dos mesmos. Estudos que foram realizados a vários ambientadores e velas aromáticas, identificaram a presença de substâncias prejudiciais à nossa saúde, tóxicas e cancerígenas.

Quando soube a verdade sobre perfumes/ambientadores, a minha consciência impediu-me de continuar a usar tais químicos. Para além disso, o uso de sabonetes, champôs e detergentes mais naturais, onde a intensidade dos cheiros é muito menor, reduz a nossa tolerância aos perfumes. Posso dizer que quando a minha vizinha de cima estende a roupa, eu sei só pelo cheiro, eheh.

Encontrei um DIY de ambientador (mikado) com óleos essenciais, mas para além de praticamente não se sentir o cheiro se não estivesse sempre a virar os pauzinhos, como era composto apenas por água e vodka, rapidamente evaporava. Existem também ambientadores em spray, mas não me via a borrifar a casa constantemente. Coloquei também umas gotinhas de óleo essencial na flor de algodão, mas também rapidamente o cheiro desaparecia.

Até que encontrei este DIY da Maria Granel e fiquei encantada! Para além de zero químicos, é zero waste, pois implica aproveitar a casca do limão que iria para o lixo, e é terapêutico, uma vez que contém óleos essencias. Os óleos essenciais são ao gosto pessoal. Eu coloquei de lavanda, pois, para além de adorar o cheirinho, tem propriedades calmantes e é repelente (dos bichinhos chatos!).




- Meio limão espremido
- Sal grosso
- 4 a 5 gotas de óleo essencial

Colocar o sal grosso dentro da metade de limão. Adicionar o óleo essencial. Colocar dentro de um frasco a gosto. Quando o cheiro estiver a desaparecer, adicionar mais óleo.

Simples, certo?


05 June, 2020

Desodorizante sólido


Os desodorizantes que compramos em supermercados estão carregados de produtos extremamente tóxicos para o nosso organismo, entre eles:

- Alumínio: pode contribuir para cancro da mama e da próstata, assim como Doença de Alzheimer. Bloqueia o suor, o qual, embora não gostemos, é importantíssimo para o nosso organismo eliminar toxinas.
- Parabenos (conservante): afectam o sistema endócrino e são disruptores hormonais (tiróide).
- Propylene Glycol: derivado do petróleo (usado em cosméticos e produtos para o corpo para prevenir que sequem). Causa problemas de pele e até nos rins e fígado.
- Ftalatos: disruptor hormonal. Provoca mutações celulares e aumenta o risco de deficiência fetal quando usado por grávidas.
- Triclosan (pesticida): usado como antibacteriano. Pode provocar alergias, alterações hormonais e ganho de peso. É inflamatório. Pode também contribuir para aumento das resistências das bactérias.
- Perfumes artificiais: disruptores.

Interessante como algo tão pequenino e que usamos diariamente como sendo um produto de higiene, nos pode fazer tão mal.

Aviso desde já que o desodorizante natural não evite que suemos, mas, afinal de contas, suar é importantíssimo para a nossa saúde! Contudo, o que provoca o mau odor são as bactérias que estão na nossa pele, quando em contacto com o suor. Este desodorizante irá neutralizar essas bactérias.

Agora passemos aos ingredientes que compõem este desodorizante e a sua função:

- Bicarbonato de sódio: absorve o suor e a gordura. neutraliza o odor.
- Farinha de araruta: neutraliza o odor.
- Óleo de coco: anti-inflamatório. Previne irritação e "rush" cutâneo.
- Cera de abelha: cicatrizante. Antibacteriano e anti-inflamatório.
- Tea tree: antibacteriano e antifungico.
- Lavanda: também tem poderes antibacterianos. Calmante.


Receita:
- 1/4 cup de bicarbonato de sódio
- 1/4 cup de farinha de araruta
- 1 colher de sopa de cera de abelha (ralada ou em pastilhas)
- 3 colheres de sopa de óleo de coco
- 5 gotas de óleo essencial de tea tree
- 5 gotas de óleo essencial de lavanda


Derreter o óleo de coco e a cera de abelha em banho-maria. Retirar do lume e juntar os restantes ingredientes. Coloque em formas ou num recipiente de desodorizante em stick. Depois de retirar do lume é importante fazer tudo rapidamente para não endurecer a meio do processo.

27 May, 2020

A Covid-19 e o desperdício zero

Durante a pandemia que veio abalar o nosso Mundo, muito tem sido falado sobre como os níveis de poluição desceram. Muitos "gabam" o vírus por ter conseguido trazer aquilo que o Ser Humano não conseguiu fazer de livre e espontânea vontade. Mas, a meu ver, tolo é aquele que louva algo tão grave como um vírus que mata pessoas e que, devido ao abalo que trouxe na nossa economia (onde também causou muitos danos), pode vir a ser motivo para colocar de parte muitas das políticas de sustentabilidade já impostas às empresas, como meio de superar a crise. Quero acreditar que todos os que se preocupam para que essas medidas sejam impostas, o continuarão a fazer, vamos torcer para que sim.

Algo que também me tem deixado incomodada é a quantidade de lixo que se tem vindo a produzir com máscaras, luvas, etc... É certo que são equipamentos de protecção individual muito importantes nestas circunstâncias, quando bem usados, mas também dói andar na rua e ver máscaras pelo chão. É importante tomar consciência de situações como esta.

Outro ponto negativo é o uso de desinfectante para as mãos e os efeitos que acaba por ter na nossa pele.

Por isso, decidi tomar uma postura mais ecológica e mais saudável em relação a estes dois pontos. Pedi à minha mãe para me fazer máscaras de tecido e fiz o meu próprio desinfectante das mãos. Ao contrário do desinfectante que se compra, este deixa a pele muito macia e hidratada, para além de conter um óleo poderosíssimo no combate a vírus e outros microorganismos - Thieves. Uma blend da YoungLiving, com óleo de alecrim, limão, canela, eucalipto e cravinho, óleos altamente eficazes no suporte ao sistema imunitário e desinfecção.


- Frasco de 100mL
- 70mL de álcool
- 30mL de sumo de aloé vera
- 20/30 gotas de Thieves

P.S. - não usar em crianças!

Desequilíbrio hormonal e os óleos essenciais

Há uns dias atrás, escrevi, na minha conta no Instagram, sobre hormonas femininas e o seu desequilíbrio, consequência de uma série de erros no nosso estilo de vida que vamos adoptando ao longo dos anos.

A mulher e o seu ciclo menstrual é um tema que me tem suscitado bastante interesse. Na busca de um estilo de vida mais ecológico e saudável, deparei-me com as consequências da toma da pílula e, acreditem, traz tudo menos coisas boas. Muitas vezes, a pílula é prescrita pelos profissionais de saúde como forma a controlar as nossas hormonas e consequentes sintomas da TPM, os quais, em muitas mulheres aparecem de uma forma tão intensa que chega mesmo a ter um grande impacto negativo nas suas vidas. Todas nós sentimos aquele incómodo próprio da tensão mamária, dores abdominais (umas mais fortes que outras), oscilações de humor (que se estendem ao longo do ciclo), entre outras, e, quando estes sintomas aparecem de forma muito intensa é necessária avaliação por um profissional de saúde porque podemos estar perante certos casos patológicos, como por exemplo endometriose.

Torna-se então importantíssimo a mulher conhecer todo o seu ciclo menstrual e não apenas aqueles cinco (mais ou menos) dias de menstruação e todas as oscilações hormonais que isso acarreta, percebendo que quando uma hormona está em desequilíbrio, vai afectar todas as outras hormonas. Este desequilíbrio acontece devido a vários factores, entre eles o stress, alterações dos níveis de açúcar, alterações hepáticas e da microbiota intestinal e falta de exercício físico. Esta alteração, como já foi referido, leva a exacerbação dos sintomas pré-menstruais. Assim, os níveis altos de estrogénio são causados pelo elevado nível de gordura, intoxicação hepática e alterações da microbiota intestinal. Já o baixo nível de progesterona deve-se ao stress e elevado estrogénio.

Devemos, então, procurar ter hábitos de vida saudáveis e alimentarmo-nos segundo o nosso ciclo. A aromaterapia é também uma excelente forma de conseguirmos regular as nossas hormonas, quando associada a hábitos saudáveis.


Descobri a aromaterapia e desde então estou apaixonada. No meu ciclo passado notei uma desregulação hormonal muito forte e decidi usar uma blend que a YoungLiving (marca que uso) tem. Trata-se de uma mistura de vários óleos (peppermint, geranium, nutmeg, entre outros), os quais têm efeito calmante e equilibrante quando difundidos. É um óptimo suporte para o nosso sistema endócrino, significando hormonas saudáveis e felizes. Fiz uma diluição com óleo de linhaça e aplico duas vezes ao dia, na região da tiróide e das supra-renais. Deve ser aplicado pelo menos um mês. Aviso desde já que em pouco mais de uma semana de aplicação, este mês já não senti qualquer tensão mamária e as dores abdominais foram de pouquíssima duração e muito menos intensas. Imaginem com mais tempo de aplicação!


Para mais informações sobre ciclo menstrual e tudo o que devem saber sobre SER MULHER, consultem o trabalho da Catarina Jorge (@nuzi.naturalbalance) e da Patrícia Lemos (@circuloperfeito_).

23 May, 2020

Bem-vindos!

Bem-vindos ao Grão de Arroz Naturalmente, uma extensão do meu blogue de receitas Grão de Arroz. Na adopção de um estilo de vida mais saudável, senti necessidade de fazer mudanças não só a nível da alimentação, mas muito mais além (aromaterapia, cosmética, casa...).

Foi agora, com mais tempo para dedicar aos meus interesses, que decidi criar este blogue e partilhar convosco todo o meu percurso, desde receitas mais saudáveis, redução de desperdício alimentar (e não só), cosmética e produtos para o lar naturais, entre outros.

Fiquem por aqui e até breve!